Presidentes dos EUA e da Coreia do Sul reúnem-se em junho em Seul
Os presidentes dos EUA e da
Coreia do Sul vão reunir-se em junho, em Seul, para discutir a questão nuclear
norte-coreana, atualmente num impasse, anunciou a Casa Branca na quarta-feira.
Este será o segundo
encontro entre os dois chefes de Estado desde o fracaso da segunda cimeira
entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim
Jong-un, em fevereiro, em Hanói, no Vietname.
A visita de Trump fará parte da viagem ao Japão, onde
se realiza uma cimeira do G20 nos dias 28 e 29 de junho.
Os
dois líderes "vão prosseguir a coordenação estreita dos esforços para
alcançar a completa e totalmente verificável desnuclearização da República
Popular Democrática da Coreia", informou a Casa Branca, sem especificar
uma data.
Além
da Coreia do Norte, Trump e Moon "também vão discutir formas de fortalecer
a aliança EUA-Coreia do Sul e a amizade entre os dois povos", acrescentou
a Casa Branca na mesma nota.
Eleito
há dois anos, Moon, que sempre defendeu o diálogo com a Coreia do Norte, foi um
dos grandes responsáveis pela aproximação entre as Coreias desde o ano passado,
e por um clima de desanuviamento das tensões internacionais em relação ao
regime norte-coreano e que possibilitou mesmo duas cimeiras históricas entre
Trump e Kim.
Aliados,
Seul e Washington demonstram por vezes falta de sintonia sobre a melhor
abordagem a Pyongyang. Uma divergência ilustrada no modo como a Coreia do Sul
apresentou o próximo encontro entre os dois líderes.
Em
comunicado, a presidência sul-coreana adiantou que os dois líderes vão debater
"o estabelecimento de um regime de paz duradouro através da completa
desnuclearização da península coreana", e não apenas da Coreia do Norte.
A
"desnuclearização da península coreana" foi o termo usado na
declaração conjunta assinada por Trump e Kim na primeira cimeira, em junho
passado, em Singapura.
Uma
expressão mais vaga que se presta a interpretações, sobretudo num processo
diplomático entre Washington e Pyongyang que ficou marcado por um impasse nos
últimos meses por causa de um desentendimento precisamente sobre o significado
desse termo.
A
Coreia do Norte argumentou que a desnuclearização inclui a retirada do
'guarda-chuva' nuclear dos EUA e das 28.500 tropas norte-americanas
estacionadas na Coreia do Sul.
O
anúncio foi feito uma semana depois de Pyongyang ter lançado dois mísseis de
curto alcance, a segunda operação militar em menos de uma semana e a primeira
vez em no último ano e meio.
A
segunda cimeira entre o Presidente dos EUA e o líder norte-coreano acabou
bruscamente em Hanói devido à incapacidade de ambas as partes acertarem as
concessões que Pyongyang teria que fazer em troca do levantamento das sanções
internacionais.
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