Casa Branca aumenta resistência às investigações do Congresso
A Casa Branca está a intensificar a sua resistência às
tentativas do Congresso de investigar o Presidente norte-americano, Donald
Trump, e hoje notificou a Câmara dos Representantes que se recusa a cumprir
pedidos de documentos e testemunhos.
Um advogado da Casa
Branca, Pat Cipollone, enviou uma carta de 12 páginas ao presidente da comissão
de Assuntos Judiciais, Jerrold Nadler, democrata eleito pelo Estado de Nova
Iorque, onde classificou as investigações do Congresso como esforços para
"assediar" Trump.
Mais adiantou que membros atuais ou antigos do Governo
de Trump não vão ser autorizados a testemunhar e que este vai contestar as
intimações que se anunciam com o aprofundamento das investigações do congresso
à presidência e às finanças de Trump.
Cipollone
avançou o que se tornou um argumento favorito entre os aliados de Trump: que o
Congresso é um órgão legislativo, não judicial, pelo que não tem direito de
fazer mais investigações.
"As
investigações do Congresso visam obter informação para ajudar a avaliar
potencial legislação, não para assediar opositores políticos nem para repetir,
de forma não autorizada, investigações exaustivas sobre a aplicação da lei
feitas pelo Departamento de Justiça", escreveu Cipollone.
O
advogado adiantou que a Casa Branca só iria cooperar com o Congresso em pedidos
estritos de Nadler se fosse explicada a intenção legislativa subjacente.
Nadler
classificou os argumentos da Casa Branca como "ridículos",
considerando que estavam a colocar o Presidente acima da lei.
Pela primeira vez, disse que a comissão estava a considerar seriamente a
aplicação de multas "muito grandes" às testemunhas que faltassem.
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