Há condições favoráveis para a implementação da indústria mineira florescente
Nas explorações de rochas ornamentais na parte Norte do Complexo Gabro Anortosístico do Cunene, um dos complexos mais antigos do mundo, foram constatadas rochas de granito com cristais.
Angola apresenta perspectivas favoráveis para a implementação de uma indústria mineira florescente, resultando na necessidade de se implementar um Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO) capaz de fomentar e dinamizar a diversificação da produção mineira a curto, médio e longo prazos, disse recentemente, em Luanda, o Secretario de Estado para Geologia, Miguel Bondo.
Segundo Miguel Bondo, nas explorações de rochas ornamentais na parte Norte do Complexo Gabro Anortosístico do Cunene, um dos complexos mais antigos do mundo, foram constatadas rochas de granito com cristais de dimensão fora do comum. Explica que normalmente só são vistos com lupa ou microscópio, mas neste complexo foi possível vê-los sem recurso a estes instrumentos. . No mesmo complexo, na vila do Chiange, município dos Gambos, foi encontrado uma grande extensão de terra coberta por minerais compostos de magnetite e titânio.
O governante informou igualmente que na região do Chivinguiro foram constatados afloramentos de doleritos e calcário dolomíticos que ainda têm preservado os estromatólitos (que representam o início de vida na terra). Os complexos carbonatíticos de Bonga, com maior realce para a região norte da estrutura e os depósitos secundários no limite da parte Sul do complexo, pertencentes aos maciços alcalinos de rochas ultrabásicas do Mesozóico (66 – 145 milhões de anos), um sistema de Vale de Rift que ocorreu durante o Cretácico Inferior (100 – 145 milhões de anos, apresentam um afloramento onde ocorrem o pirocloro, mineral que é fonte do mineral estratégico denominado Nióbio (Nb).
De acordo com o secretário de Estado, a região do Complexo Gabro Anortosístico do Cunene da idade Meso-proterozóica recebeu recentemente a visita de geocientistas nacionais e estrangeiros. Foram confirmar ocorrências geológicas ao percorrer o interior da região sudoeste de Angola, durante uma excursão de campo (field trip) recentemente realizada, no âmbito do 35º Congresso Internacional de Geologia que teve lugar de 28 de Agosto a 4 de Setembro na Cidade do Cabo, na África do Sul.
O grupo de 75 congressistas foi composto por académicos e estudantes de geociências e profissionais do ramo de geologia e minas, dos quais 18 estrangeiros (nacionalidades Brasileira, Portuguesa, Sul-africana e Americana) e 57 nacionais das Universidades Agostinho Neto (UAN), Mandume ya Ndemufayo (UMN), Instituto Supe-rior Politécnico Independente (ISPI) bem como do Pólo do Lubango e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Onde tivera a oportunidade de explorar essencialmente a geologia da zona, que é muito rica, com destaque para a região do sudeste de Angola que apresenta minerais diversificado de que resultaram 30 documentos de geocientíficos angolanos e que fará com que Angola esteja no mapa das grandes realizações geológicas”, disse.
Fonte: OPAÍS
Imagem: Reprodução
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