Mais um país que quer desistir do Windows e abraçar o Linux?
Com o fim do suporte ao Windows 7, são vários os utilizadores e organizações que se veem a braços com grandes problemas. Apesar de ainda haver pequenos “atalhos” para atualizar gratuitamente o Windows, há determinados cenários que já não contemplam o investimento em novo software e em novo hardware. O governo sul-coreano está já a avaliar a migração massiva de máquinas Windows 7 para Linux.
O país pensa que terá no sistema operativo livre a opção ideal para as milhares de máquinas com Windows 7. Será mesmo que é alternativa?
O país pensa que terá no sistema operativo livre a opção ideal para as milhares de máquinas com Windows 7. Será mesmo que é alternativa?
Coreia do Sul quer dar o salto do Windows 7 para Linux
Com o Windows 7 a dar as últimas, algumas instituições estão a pensar sair do sistema operativo da Microsoft. Segundo a ZDNet, um dos próximos que poderá estar de partida é o governo sul-coreano. Em maio de 2019, o Ministério do Interior da Coreia do Sul anunciou os seus planos de deixar o Windows e adotar Linux nos seus computadores.
Conforme pode ser lido no site de notícias coreano Newsis, o Ministério de Estratégia e Planeamento da Coreia do Sul anunciou que o governo está a explorar a transferência da maioria dos seus aproximadamente 3,3 milhões de computadores Windows para o Linux.
A razão está no custo… da atualização!
Quando se pondera uma alteração deste calibre, por trás têm de estar razões fortes, principalmente orçamentais. Desta forma, também por trás desta possível alteração está a intenção de reduzir os custos de licenciamento de software e a dependência do governo no Windows.
Vamos resolver a nossa dependência de uma única empresa enquanto reduzimos o orçamento, introduzindo um sistema operacional de código aberto.
Explicou Choi Jang-hyuk, chefe do Ministério de Estratégia e Finanças.
Conforme foi veiculado, a atualização destas máquinas do Windows 7 para o Windows 10 custa 780 mil milhões de won (cerca de 655 milhões de dólares). Ao que parece, este valor não está previsto ser gasto por este governo.
Além disso, o Ministério da Defesa Nacional e a Agência Nacional de Polícia já deram passos rumo aos sistemas livres. Atualmente já estão a usar o Harmonica OS 3.0 baseado no Linux Linux 18.04 LTS . Embora este sistema seja baseado no Ubuntu, esta distro Linux também tem muito do Linux Mint. Usa o ambiente gráfico Cinnamon 4.2 e as aplicações Mint. O Harmonica 3.0 também inclui software desenvolvido em coreano, como o navegador Naver Whale.
Está já enraizado o uso do Linux na Coreia
Conforme vai sendo revelado, a penetração do Linux nos serviços do país é já significativa. Assim, é dado a conhecer que a divisão de serviços postais coreanos também está a mudar para TMaxOS. Este é um sistema operativo baseado em Linux, mas que carrega um histórico controverso, no que toca ao cumprimento dos requisitos de licenciamento de código aberto. Além disso, este SO está intimamente ligado aos serviços cloud Tmax. Esta área de trabalho possui a sua própria interface exclusiva e usa o seu próprio navegador baseado no Chromium, o ToGate.
O SO coreano Gooroom Cloud baseado no Linux Debian também está a ser usado pela Defesa e pelo Ministério da Administração Pública e Segurança. Ao contrário dos outros dois, trata-se principalmente de um desktop baseado em cloud. No fundo, parece-se mais com o Chrome OS do que os desktops tradicionais do Linux.
Mas irá ser arrumado o Windows do país?
O Windows ainda terá um papel a desempenhar por enquanto nos computadores do governo sul-coreano. Conforme explicou o site de notícias Aju Business Daily, as autoridades do governo atualmente usam dois PCs físicos. Um é externo para uso da Internet e o outro é interno para tarefas da intranet. Somente o externo usará uma distribuição baseada em Linux.
Esta situação, contudo irá mudar até 2026. As regras que já foram apresentadas referem que a maioria dos funcionários públicos usará um único computador portátil equipado pelo Windows. Nesse sistema, o Windows continuará a ser usado para trabalho interno, enquanto o Linux será usado como um computador virtual através de um servidor na cloud equipado com Linux.
A Microsoft seguramente ainda terá uma palavra a dizer. A esta altura, esta movimentação parece querer “solicitar” à gigante americana a introdução de uma boa campanha de descontos. Mas até lá, muita coisa de certeza irá mudar.
Em jeito de rodapé, é de referi que já no passado, como podemos ver em baixo, esta técnica foi usada aquando do fim do Windows XP.
Sem comentários: