EUA restringe vistos a funcionários cubanos por exploração a médicos
O Governo dos EUA anunciou hoje restrições aos vistos
de funcionários cubanos responsáveis por práticas laborais de exploração e
coerção no âmbito do programa de missões médicas de Cuba no estrangeiro.
Em comunicado, o
Departamento de Estado indicou que "aproveitar o trabalho dos médicos
cubanos tem sido uma prática dos Castro", numa alusão ao ex-líderes da
ilha, Fidel e Raul, "desde há várias décadas e que continua até hoje".
A diplomacia dos EUA argumentou
que "qualquer programa de saúde que coagir e explorar os seus próprios
profissionais é imperfeito".
"Apelamos
aos governos que atualmente participam
nos programas médicos de Cuba no estrangeiro que garantam a salvaguarda dos
direitos contra a exploração laboral", refere o Departamento de Estado dos EUA.
Essas
práticas incluem exigir "longas horas de trabalho, baixos salários, e
restrições de movimento", acrescenta.
O
Departamento de Estado acusou Havana de forçar alguns médicos cubanos a usar o
atendimento clínico "como ferramenta política, prestando assistência em
troca de promessas de lealdade".
No
início de setembro, o Presidente de
Cuba, Miguel Díaz-Canel,
criticou a política e as ações do
Governo dos Estados Unidos para impedir a "história digna" de
"colaboração" médica da ilha no estrangeiro".
Nos
últimos meses, o Governo de Havana acusou repetidamente o Governo
norte-americano, liderado por Donald Trump, de tentar prejudicar as missões
médicas cubanas.
Cuba
considera a cooperação médica internacional como um dos pilares de sua política
externa que, desde 1963, com a primeira missão enviada à Argélia, envolveu
cerca de 407.000 profissionais, técnicos e profissionais de saúde em 164 países,
segundo dados oficiais.
Em
2018, os cubanos em missões de saúde totalizaram cerca de 55.000 em 67 países.
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