Sobe para três o número de mortos do acidente na província de Cabinda
Dois trabalhadores da empresa de construção civil chinesa
"Zambiami", em Cabinda, atingido, no sábado, pela explosão de uma
caldeira, morreram nas últimas horas, aumentando para três as vítimas mortais.
Os trabalhadores fazem parte dos 14 evacuados sábado em Luanda depois de terem
sido atingidos pelo produto, altamente quente, de uma caldeira artesanal de
processamento de alcatrão e betão betuminosa que explodiu na hora dos ensaios.
Segundo o director clínico em exercício da clínica Girassol, Sérgio Neto, em
declarações hoje (segunda-feira) à TPA, dos 11 pacientes, cinco foram
transferidos para o hospital do queimados e dois para a clínica Multiperfil.
Fez saber que devido a inalação de gases, que pode causar queimaduras as
vias respiratórias, os cirurgiãos plásticos da equipa multidisciplinar que
acompanham os pacientes mostram-se apreensivos quanto ao prognóstico dos 11
sobreviventes.
A empresa Zambiami trabalha em Cabinda no ramo de construção civil há mais
de 8 anos e conta com mais de 200 trabalhadores angolanos e 100 chineses, entre
engenheiros civis, arquitectos e outros técnicos do ramo de construção civil.
O incidente aconteceu por volta das 16 horas na empresa de construção civil
chinesa Zambiami, na localidade de Chiazi, a aproximadamente 18 quilómetros a
norte de Cabinda.
A caldeira, de fabrico artesanal, tinha cerca de mil metros cúbicos de
alcatrão no momento do processamento e a falta de controlo dos procedimentos de
segurança provocou à sua explosão, tendo o produto, com altas temperaturas,
atingido os trabalhadores, num total de 14, que assistiam aos ensaios.
Em função do estado crítico, os sinistrados foram evacuados, num voo da
Força Aérea Angolana, para hospitais de especialidade na capital angolana.
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