Funcionários da Huawei teriam trabalhado secretamente com o exército chinês
Pelo menos dez pesquisas conduzidas pelo Exército de
Libertação Popular (ELP), da China, teriam contado com a participação de
empregados da Huawei sem
que a empresa tivesse conhecimento. Diversos trabalhadores da companhia
contribuíram com o ELP por quase 1 década, supostamente atuando em projetos com
tecnologias como inteligência
artificial e comunicação via rádio.
A possível aproximação foi descoberta pelo site
internacional Bloomberg, que
analisou diversas publicações em periódicos científicos e bancos de dados de
pesquisa online, usados principalmente por acadêmicos chineses e especialistas
do setor. Os autores tinham em comum o fato de serem funcionários da Huawei,
que não por acaso é a maior empresa de tecnologia chinesa.
Foram desenvolvidos, por exemplo, estudos sobre como
coletar e analisar emoções em comentários de vídeos online, em conjunto com a
Comissão Militar Central, o órgão mais importante das forças armadas da China.
Outro exemplo de estudo encontrado no levantamento foi realizado com a elite da
Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa e tinha como propósito descobrir
novas maneiras de coletar e analisar imagens de satélite e coordenadas
geográficas.
A
Huawei respondeu às alegações negando veementemente ter conhecimento das
atividades e justificando que apenas desenvolve produtos de comunicação e que
não tem nenhuma atuação focada na tecnologia militar. Desde fevereiro deste ano
a empresa vem rebatendo rumores de que teria contribuído com tecnologias
de espionagem para a China por meio de seus smartphones.
Em maio, a Huawei entrou para a lista
de companhias que os Estados Unidos passaram a olhar com mais cautela, e o presidente estadunidense, Donald Trump, chegou a assinar uma ordem executiva que baniu a companhia do território nacional, alegando preocupação em relação
aos laços da empresa com o governo chinês.
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