Ministro russo: ’recusa dos EUA de cooperar com a Rússia na Síria beneficiou terroristas’
A recusa dos EUA de cooperar com a Rússia na Síria beneficiou terroristas, disse o vice-ministro da Defesa russo, Anatoly Antonov, durante o XII Fórum Xiangshan sobre segurança, em Pequim.
Ele disse estar desapontado com o fato dos acordos, celebrados a duras penas pelos chefes da diplomacia de Moscou e de Washington, terem sido violados pelos Estados Unidos.
“Os americanos se recusaram — ou então são simplesmente incapazes disso — a separar a oposição, que cooperava com a coalizão internacional antidaesh, dos terroristas da Frente al-Nusra, bem como a desbloquear a estrada de Castello, uma das mais importantes artérias humanitárias de Aleppo”, disse Antonov. Segundo o vice-ministro, os partidários da guerra em Washington venceram, ao provocar o rompimento, em 3 de outubro, do diálogo bilateral com a Rússia para a solução da crise na Síria.
“Esse passo desperta desapontamento e decepção. Não quero acreditar, que Washington abandonou totalmente a diplomacia e decidiu por uma solução militar do conflito na Síria. Os terroristas se beneficiam de ações destrutivas como essa de Washington. Por isso é importante deixar as emoções de lado e, mais uma vez, pesar todos os prós e os contras do combate conjunto ao terrorismo. A palavra agora está com Washington”, resumiu Antonov.
Em 3 de outubro os EUA anunciaram, de modo unilateral, o fim da cooperação com a Rússia para a solução da crise na Síria. Segundo os porta-vozes de Washington, a partir daquele momento, somente os canais de comunicação militares permanecem ativos, para evitar conflitos entre os dois países no espaço aéreo sírio. Os EUA acusaram a Rússia de descumprir acordos bilaterais. O ministério das Relações Exteriores da Rússia, ao comentar essa decisão, declarou estar profundamente decepcionado. Segundo a chancelaria russa, a decisão de Washington de interromper a cooperação com Moscou na Síria é uma prova de que os Estados Unidos são incapazes de cumprir os compromissos assumidos em acordos bilaterais, entre os quais estariam a separação da oposição “moderada” dos militantes terroristas na Síria.
Imagem: Reprodução
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