Tecnologia 5G revoluciona acesso à Internet em 2020
O projecto já está em gestação nos laboratórios das várias empresas mundiais dedicadas às tecnologias de informação e comunicação. Com a sua entrada em acção prevista para 2020, as auto-estradas da informação terão amplas faixas para viabilizar várias manobras bastante decisivas para a vida das pessoas.
O sistema de redes de quinta geração (5G), em desenvolvimento por várias empresas do ramo tecnológico do mundo, entre as quais a chinesa Huawei, promete incrementar, a todos os níveis, o acesso à Internet móvel nos mais variados dispositivos, numa velocidade de até cem vezes maior do que a actual 4G.
O tema esteve em abordagem ontem no segundo dia de formação do projecto “Sementes para o futuro”, frequentado por estudantes angolanos e malaios que se encontram no Centro Executivo de Treinamento da Huawei, na cidade de Shenzhen, China, para tomarem contacto com a evolução da realidade tecnológica e melhorarem o seu desempenho nos respectivos países.
Wan Zhang, do Departamento de Formação de Novos Empregados, que ontem ministrou os temas: “Desenvolvimento e aplicação da Internet móvel” e “Redes de suporte da Internet móvel”, confirmou que a Huawei prevê lançar este serviço dentro de 4 anos, em 2020. Adiantou, no entanto, que a empresa já trabalha no sentido de lançar redes experimentais em 2018, por altura do Mundial de Futebol que será organizado pela Rússia. É que, por meio do serviço de Internet 5G, disse, o mundo das tecnologias de informação e comunicação dará uma volta de 360 graus e não mais será o mesmo, tendo em conta a velocidade de acesso que poderá ser proporcionada aos utentes.
O sistema de redes 5G permitirá o surgimento de um mundo de cidades inteligentes e interligadas, bem como a inserção do que chamou Internet of Things (IoT) ou seja “Internet das coisas” que pode ser definido como a ligação em rede entre objectos que, por meio de um dispositivo, poderão comunicar- se e interagir entre si e com o ambiente exterior. Em termos de rapidez e capacidade, a conexão será processada a uma velocidade de até 10 gigabytes por segundo, cem vezes mais rápida que a 4G actual que oferece ligações à Internet até 100 megabytes por segundo de velocidade de acesso.
O sistema, que vai abrir portas ao desenvolvimento sem precedentes das novas tecnologias, permitirá ainda a comunicação entre veículos sem motoristas e entre estes com a infra-estrutura que os circundar, além de possibilitar serviços como o transporte inteligente ou as cirurgias à distância, em que um médico usará um robot para efectuar operações complexas.
Deste modo, Wan Zheng considerou como imprescindível a aposta e o investimento no acompanhamento evolutivo das novas tecnologias de informação e comunicação, sob pena de se ficar ultrapassados pela inovação e atrasar o desenvolvimento tecnológico que é indispensável para o progresso nos outros sectores da sociedade. Esta tarefa, acrescentou, tem sido levada a cabo pela Huawei que já foi galardoada pelos esforços para o desenvolvimento da rede 5G, por uma melhor conexão móvel à escala mundial.
Wan Zheng considerou ainda, que o telemóvel actualmente e cada vez mais no futuro tornar-seá o centro da vida das pessoas, ao ponto de não se conseguir viver sem o mesmo. A situação, segundo a formadora, justifica-se pela quantidade de actividades que podem ser realizadas por seu intermédio, desde as chamadas telefónicas, acesso às redes sociais, compras via Internet, operações bancárias, pagamento de diversos serviços, acesso à informação e ensino, entre outras utilidades. Ontem, os estudantes foram ainda elucidados sobre a diferença entre as redes 2G, 3G, 4G e 5G em práticas laboratoriais.
Fonte: OPAÍS
Imagem: Reprodução
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