Restos mortais de Shimon Peres transportados para Jerusalém
Uma coluna de veículos policiais escoltou hoje os restos mortais do ex-presidente israelita Shimon Peres, que morreu na quarta-feira, aos 93 anos, da localidade de Tel Hashomer, perto de Telavive, para Jerusalém, onde ficarão expostos no parlamento.
Segundo um comunicado da polícia, espera-se que milhares de pessoas visitem o lugar onde estará o caixão, na esplanada do Parlamento, até às 21:00 (20:00 em Luanda), embora não esteja descartada a possibilidade de um alargamento do horário.
Haverá ainda uma cerimónia oficial, como parte das exéquias, com a presença do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do Presidente, Reuven Rivlin, que chegou de madrugada ao país procedente da Ucrânia depois de interromper uma visita oficial.
Durante esta cerimónia serão depositadas flores junto ao caixão, não sendo, no entanto, esperados discursos, de acordo com a rádio pública israelita.
A polícia destacou um dispositivo especial com milhares de agentes em diversos pontos de Jerusalém.
Em paralelo, foram disponibilizados serviços de transporte gratuitos a partir de determinadas zonas da cidade e das povoações vizinhas de Latrun e Modiin para facilitar o acesso a Jerusalém por parte de quem quiser homenagear Peres.
Muitas ruas permanecerão cortadas ao tráfego e a principal estrada que liga Telavive a Jerusalém será fechada hoje à tarde para facilitar a chegada de dezenas de delegações internacionais que irão marcar presença no funeral, na sexta-feira, no cemitério do Monte Herzl.
Os serviços de segurança de Israel preparam ainda um outro dispositivo para garantir a deslocação dos chefes de Estado e de Governo e a aterragem, num intervalo de poucas horas, de mais de 120 aviões.
Trata-se de um número superior ao registado aquando do funeral do primeiro-ministro Isaac Rabin, assassinado em 1995.
Todas as bandeiras das instituições oficiais israelitas encontram-se a meia-haste.
Peres era o último sobrevivente da geração dos "pais fundadores" de Israel e ocupou quase todos os mais importantes cargos políticos em Israel: foi ministro de várias pastas em diversos governos, primeiro-ministro interino, primeiro-ministro e Presidente (2007-2014).
Em 1994, foi distinguido com o prémio Nobel da Paz, a par com o então primeiro-ministro israelita, Isaac Rabin, e o líder palestiniano Yasser Arafat, pelo seu papel na negociação dos acordos de Oslo, assinados em 1993.
Imagem: DR/NM
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