Fazenda Bacelinho vai exportar 40 toneladas de banana por mês para Portugal

Depois da primeira experiência de exportação de Banana Angolana para Portugal, a Fazenda Baselinho, situada na localidade do Culango, município do Lobito, exportará, a partir de Outubro, 40 toneladas de banana para Lisboa

Com resultados positivos da primeira experiência, a exportação de banana ganha corpo na Fazenda Bacelinho. À partir do próximo mês de Outubro serão exportadas, todos os meses, mais de 30 toneladas de banana. “Alguns produtores têm exportado, mas para países de África. Para a Europa somos o primeiro grupo angolano a fazê-lo. A partir do próximo mês de Outubro, exportaremos 40 toneladas por mês”, revelou, Eduardo Rodrigues, em exclusivo ao OPAÍS.

Eduardo Rodrigues, sublinhou que a Fazenda Baselinho tem contrato de exportação com uma das maiores empresas exportadoras da Europa, que garante segurança ao processo que vai ganhar outro impulso em Outubro.

“Muitos empresários portugueses visitaram recentemente Benguela e gostaram da qualidade da banana que é produzida por nós”, realçou.

Em relação à manutenção do processo de exportação, o empresário do sector agrícola assegura que há banana suficiente, referindo que tem havido um excedente que é utilizado para a produção de licores e comercialização no mercado local.

Todavia, para garantir um abastecimento normal ao mercado Português, a Fazenda Bacelinho possui 20 hectares de cultivo de banana, entretanto, a pretensão é estender a zona de cultivo para 50 hectares. Actualmente, a produção cifra-se em 80 toneladas por ano.

“Em 2016, os resultados da produção de banana na Fazenda Bacelinho são como os previstos. Neste momento estamos a plantar banana para dar resposta aos desafios da exportação”, reiterou. Apesar da demora que tivemos com o navio, Eduardo Rodrigues realça que os resultados foram positivos com a exportação de banana para Portugal, onde a banana chegou em bom estado.

“As 14 toneladas de banana chegaram em óptimas condições para consumo. Entretanto, as autoridades portuguesas não estavam convencidas de que Angola tinha banana para exportar. Mas agora já admitiram”, disse.

Explica que a mercadoria ficou retida durante dois dias nas alfândegas, em Lisboa, observando um rigoroso processo de inspeção, mas acabou introduzida no mercado, pois possui condições para ser comercializada no mercado europeu.

“Não temos problemas de aceitação da nossa banana, tanto no mercado nacional como no mercado internacional. Temos sim problemas com fertilizantes que vão escasseando.

O bananal está todo irrigado com recurso à técnicas mais avançadas”, assegurou Eduardo Rodrigues.

“Temos um técnico das Honduras que nos está a ajudar na implementação de novas técnicas de plantio. E plantamos novas variedades”, disse. Garantem o cultivo e transportação da banana mais de 80 funcionários.

Colaborador (s): Jairo Costa