Tecnológia chinesa colocadas na lista negra dos Estados Unidos estão atentas à vitória da Xiaomi

 A Xiaomi conseguiu uma vitória importante depois de um juiz federal ter suspendido a ordem executiva que a colocava na lista negra do Departamento de Defesa. O precedente pode ser utilizado por outras empresas, que procuram a mesma solução.


Recentemente, a Xiaomi conseguiu "contrariar" uma das últimas ordens executivas de Donald Trump no final do seu mandado, que a colocava na lista negra do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, como potencial risco de estar afiliada ao Partido Comunista e ao exército chinês. Com efeito na próxima semana, a fabricante chinesa conseguiu uma primeira vitória, ainda que temporária, depois do tribunal ter concordado com os seus argumentos de que a decisão tinha sido “arbitrária e caprichosa”.

Essa vitória, comemorada pela Xiaomi, está a ser acompanhada de perto pelas restantes empresas chinesas que estão incluídas na lista negra e estão a considerar processar o governo dos Estados Unidos, de forma a suspender, de forma semelhante, o seu estatuto atual, avança a Reuters. Sem mencionar os nomes, advogados ligados ao caso afirmam que algumas empresas estão a expor as suas queixas às empresas de advocacia como a Steptoe & Johnson e a Hogan Lovells para avançar com medidas semelhantes à Xiaomi.

“Os argumentos que colocaram a Xiaomi na lista são quase cómicos, e penso que isso vai levar a outras empresas procurarem alívio”, destaca Brian Egan, um advogado de Washington, ex-conselheiro da Casa Branca e do Departamento do Estado.

O juiz Rudolph Contreras, que deu razão à Xiaomi, baseia-se no argumento do Departamento da Defesa que alega que o desenvolvimento da tecnologia 5G e inteligência artificial “são essenciais nas operações militares modernas”. E que o fundador e líder da fabricante, Lei Jun, recebeu um prémio de uma organização que está alegadamente a ajudar o governo chinês a eliminar as barreiras entre os sectores comercial e militar. O juiz afirma que ambas as tecnologias estão a tornar-se standard na eletrónica de consumo e que mais de 500 empreendedores, tal como Lei Jun, receberam esse mesmo prémio desde 2004.

Apesar da decisão do juiz, o governo ainda não decidiu o rumo a dar ao caso da Xiaomi. Ao todo, a última ordem executiva de Donald Trump adicionou 44 empresas à listra negra, incluindo a Hikvision, China National Offshore Oil Corp (CNOOC) e principal fabricante chinesa de chips, a Semiconductor Manufacturing International Corp. A Luokung Technology Corp, uma empresa dedicada a mapeamento, também listada, processou o governo americano no início do mês, esperando o mesmo resultado da Xiaomi.

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