Petroangola passa “pente fino” a indústria petrolífera angolana

Realizou-se na última sexta-feira, em Luanda, o primeiro “Fórum Banca Oil & Gas”, que contou com a participação de mais de 20 prelectores nacionais e internacionais, entre players da indústria petrolífera e empresários do sector da banca, numa iniciativa da Petroangola. O CEO da Petroangola, empresa organizadora do evento, apresentou os dados produzidos pela indústria petrolífera em 2020 e perspectiva o sector em 2021.



O objectivo do fórum, segundo o CEO da Petroangola, é atrair investidores para o sector dos petróleos, que segundo fez saber, enfrenta dificuldades financeiras.

Na mensagem de abertura do Fórum, Patrício Quingongo começou por apresentar os dados estatísticos da indústria petrolífera em Angola, cuja a produção cifrou-se em 2020, 1276 mil barris de petróleo dia, em média, com um valor mínimo de produção de 1.190.000 um milhão cento e noventa mil euros, alcançados em Dezembro, ao passo que o volume máximo de produção diária foi de 1.389.000 (um milhão, trezentos e oitenta e nove mil) barris em 2020.

Em termos de exportação, Patrício Quingongo referiu que o país registou uma media de 1.275 mil barril/dia, o que equivale a cerca de 1% de diferencial entre a exportação e a produção. A nível da transformação, o CEO da Petroangola disse que os números estiveram em 1162 mil barril/dia.

Em termos de distribuição, o Bloco 17, com 30% foi o que mais produziu petróleo em Angola, seguido do Bloco 0, em Cabinda que equivale a 15% de toda a exportação angolana, e o bloco 32 com 14,85%, ao passo que os demais blocos petrolíferos representam os restantes 40% da produção.

A Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) foi, segundo Patrício Quingongo, a companhia que mais exportou, com um volume de 24% da produção, a total com 19% e a Sonangol que exortou o volume de 22% de toda a produção nacional, ainda a Exxon Mobil no bloco 15, com uma exportação de avaliada em 12%.

No que ao destino da exportação do petróleo diz respeito, aquele gestor empresarial revelou que a República Popular da China foi o país que mais recebeu as exportações petrolíferas, ao recepcionar 65% do volume total de petróleo saído de Angola, tendo com esse valor percentual ultrapassado os Estados Unidos, Portugal e a Índia, nas posições a seguir.

Patrício Quingongo chamou atenção a banca para o facto de a Indústria petrolífera ter registado um custo de cerca de 9 bilhões de dólares, que no entanto, representa os investimentos que as empresas fizeram, e da contratação de bens e serviços locais.

“É importante referir que apenas 10 milhões de dólares desse valor é alocado às empresas nacionais”, a pretensão, avançou é que pelo menos metade desse valor deve ser sedeado em Angola, tendo olhado para o Bloco 17, o maior produtor, que teve um custo total de dois milhões e seiscentos, seguido do Bloco 32, com 2,6 e do bloco 15 com 1,33 milhões de dólares.

Em termos de volume de receitas, Patrício Quingongo revelou que o sector petrolífero registou arrecadou cerca de 18 milhões de dólares em 2020, sendo que deste volume a Sonangol teve uma arrecadação de 1,1 milhão de dólares, a ANPG teve cerca de quatro milhões de dólares, ao passo que as empresas nacionais e internacionais que exploram e participam nos blocos de petróleo no país obtiveram em conjunto cerca de 13 bilhões de dólares.

Quingongo revelou que esses valores não circulam na economia angolana, pelo facto de as empresas que prestam serviço no sector serem todas estrangeiras, tendo chamado atenção ao facto de “a banca comercial quase não tem a esse volume de receitas”, ao passo que os impostos representarem 1,8 milhões de dólares.

Sobre os factores que terão influenciado para os preços, aquele responsável avançou que a pandemia do coronavírus, foi a principal causa da queda do preço do no mercado internacional, bem como a guerra dos preços entre a Arábia Saudita e a Rússia que “fez com que a queda dos preços fosse mais profunda”, e ainda a fraca demanda pela procura, em função da paralisação das actividades económicas.

Entretanto, o CEO da Petroangola prevê que em 2021, uma produção diária de 1.210 mil barril, e em termos preços a média é de 61,66 dólares por rama, e o preço máximo é de 67 dólares, ao passo que o valor mínimo é revisto em 55 dólares. “isto vai contribuir extremamente para o alavancar da actividade económica”, com os custos de produção a saírem de 9 milhões para 12 milhões de dólares.

O volume de negócio no sector petrolífero para o ano 2021 deverá situar-se aos 25 bilhões a julgar pela recuperação paulatina da economia, em função do abrandamento dos números de novas infecções e da existência de vacinas contra a covid-19, se segundo Patrício Quingongo, levou a que as empresas do sector tivessem manifestados “já” a pretensão de retomar as actividades paralisadas por causa da pandemia.
Entretanto, advertiu que todos esses factores vão continuara a impactar negativa ou positivamente o sector ao longo do ano 2021.

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