Angola tem potencial para fornecer alimentos ao mundo

Angola tem potencial para ser exportador de alimentos para uma crescente população global, pelo facto de ter uma área de quase 1,3 milhão de quilómetros quadrados de terra, 49 por cento dos quais são aráveis e menos de 10% explorado, declarou hoje (segunda-feira), em Luanda, a presidente da Câmara de Comércio EUA-Angola (Usacc), Maria da Cruz.


Ao falar para gestores e empresários americanos e angolanos, a presidente da Usacc realçou que esta realidade de Angola constitui uma oportunidade única de investimento para as empresas americanas.

Na sua óptica, as companhias americanas podem desempenhar um papel fundamental no mercado através de parcerias em infra-estruturas logísticas, agro-indústria, iniciativas de plantas de processamento e transferência de “know-how”. Destacou, também, o facto de o “Governo de Angola estar a tomar medidas concretas e firmes para reforçar o Estado de direito, tornar o ambiente de negócios mais fácil, transparente e previsível.

No geral, realçou Maria da Cruz, a economia de Angola está a diversificar-se, factor que ajuda a atrair investimento estrangeiro directo e promover um desenvolvimento inclusivo em benefício do cidadão comum.

Expansão de negócios

Por outro lado, reconheceu que os EUA têm potencial para investir em quase todas as áreas económicas, embora a maioria dos seus investimentos no mercado angolano estejam, actualmente, no sector do petróleo e gás.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Comércio Angola-EUA (AmCham Angola), Pedro Godinho, sublinhou que organização que dirige apoia empresas e negócios americanos em Angola.

O gestor disse que a AmCham está comprometida a aprofundar as relações com as empresas americanas, fazer parcerias e investimento directo em todas as áreas da economia - agricultura, pesca, construção, geração de energia, finanças, turismo, transporte, indústria, petróleo e gás.

Segundo Pedro Godinho, com a visita do secretário de Estado americano, Mike Pompeo à Angola, o país atrairá mais atenção de investidores e poderá capitalizar sobre as recentes melhorias no clima de negócios.

“ Angola é um país notável, está a fazer esforços concertados para diversificar a economia. É rico em recursos naturais, é politicamente estável e está geograficamente bem posicionado para ser o centro de importação/exportação da África Austral”, afirmou o presidente da AmCham.

Os EUA têm mais de 100 empresas em Angola a operar no domínio do petróleo e gás, bem como noutras áreas. Essas actividades contribuem aproximadatnente para 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e cerca de 89% das exportações.

O fórum foi promovido pela Câmara de comércio EUA-Angola, em parceira com sua congénere Angola AmCham. Contou, entre outras entidades, com a presença do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que esteve em visita oficial de 24 horas ao país.

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