Número de mortos em protestos no Chile sobe para 18
Pelo menos 18 pessoas morreram nos protestos
que abalam o Chile desde há seis dias, segundo um novo balanço anunciado hoje o
subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla.
Uma criança e um
adulto morreram na sequência de um atropelamento no sul do país e uma outra
pessoa num bairro da capital, elevando assim o número de mortos de 15 para 18.
Nas últimas 24 horas registaram-se 169 atos de
violência no país, explicou Ubilla,
nos quais 979 pessoas foram detidas.
Do total de
detenções na terça-feira, 592 ocorreram durante o período de recolher
obrigatório, que se reproduziu em muitas áreas do
sul do país.
"Quero
destacar aqui que houve uma capacidade mais eficaz das forças policiais e de
segurança em termos de evitar estas pilhagens e incêndios", afirmou o
subsecretário do Interior.
Embora a
autoridade tenha reconhecido que a violência diminuiu em relação ao dia
anterior, as manifestações foram replicadas novamente em todo o país na
terça-feira e o mesmo deve acontecer hoje, por ocasião da convocação de uma
greve geral.
Nesse
sentido, Ubilla observou que
houve 54 marchas de protesto em todo o Chile no último dia em que cerca de
220.000 pessoas participaram.
Rodrigo Ubilla indicou
ainda que 95 militares e polícias e 102 civis ficaram feridos nos confrontos
entre manifestantes e forças do Estado.
Já o
Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH)
aponta no seu último balanço, divulgado hoje, para 269 feridos, 137 por arma de
fogo, nos protestos.
Este
organismo contabilizou desde a passada quinta-feira 1.894 detenções.
Do total de
18 mortos, entre os quais estão dois cidadãos colombianos, um equatoriano e um
peruano, o INDH contabilizou
cinco casos ocorridos devido à intervenção de agentes do Estado.
Além disso,
constaram relatos de tortura e abuso de agentes das forças do Estado durante os
protestos nos últimos cinco dias.
As
manifestações decorrem desde sexta-feira em protesto contra um aumento (entre
800 e 830 pesos, cerca de 1,04 euros) do preço dos bilhetes de metro em
Santiago, que possui a rede mais longa (140 quilómetros) e mais moderna da América
do Sul, e que transporta diariamente cerca de três milhões de passageiros.
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