Fundo climático da ONU com dificuldades por falta de contribuição dos EUA
Países desenvolvidos reuniram-se hoje em França
para discutirem o financiamento de um fundo internacional destinado a ajudar os
países menos desenvolvidos a enfrentar as alterações climáticas, depois de os
Estados Unidos terem deixado de contribuir.
Areunião de dois
dias, em Paris, pretende encontrar soluções para refinanciar o Fundo Verde
do Clima, que gastou a maior parte dos sete mil milhões de dólares (6,29 mil
milhões de euros) recebidos dos governos, nos últimos anos.
Em 2015 foi estabelecido o objetivo de
arrecadar 100 mil milhões de dólares (89,8 mil milhões de euros) por ano até
2020, para ajudar os países em desenvolvimento a combater e mitigar os impactos
das alterações climáticas.
No entanto, a decisão do Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, de deixar de contribuir para o fundo internacional,
originou um défice no Fundo Verde do Clima, que outros países estão a tentar
colmatar.
A França, o Reino Unido, a Alemanha e outros países
europeus disseram recentemente que irão duplicar as suas contribuições para o
fundo.
Ativistas ambientais ficaram agradados com esta
iniciativa, mas manifestaram receios de que outros países, como a Austrália,
sigam o mesmo caminho dos Estados Unidos.
"O governo australiano já indicou que pretende
não contribuir mais para o Fundo Verde do Clima", disse, citado pela
agência Associated Press, Jan Kowalzig, consultor de políticas do grupo de ajuda Oxfam International.
Face à ausência dos Estados Unidos, organizações
ambientais consideram fundamental um esforço conjunto para manter o ritmo no
combate às mudanças climáticas.
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