A janela estava se fechando, mas os Rockets, na marra, abriram novamente
Quando a
janela esteve mais aberta do que nunca, Houston Rockets esteve a uma lesão de
Chris Paul e 27 arremessos seguidos errados dos três pontos de uma final, e de
um provável título, da NBA, em 2018.
Daryl Morey
e Mike D'Antoni haviam criado um time e uma filosofia para vencer os Warriors,
e quase venceram.
Bom, aqueles Warriors não
existem mais. Aquele Chris Paul também não. Sem a maior dinastia dos últimos
tempos presente na liga, o título está mais aberto do que nunca, e aí vimos
Clippers, Lakers, Jazz, Sixers, e tantos outros times se mexerem para lutar
pelo título. Os Rockets poderiam ter ficado para trás, mas não.
James Harden, que vem de seu
quarto ano seguido lutando pelo MVP e acaba de sair de uma temporada histórica,
terá o resto de seu auge no basquete ao lado de Russell Westbrook, 4 anos mais
novo do que Chris Paul. Eles voltaram no tempo.
Todos os
problemas de Westbrook vocês já sabem. Turnovers, tomadas de decisões erradas,
arremesso pouco eficiente de média e longa distância... ok. Agora, lembrem de
tudo que ele fez carregando o Oklahoma City Thunder, todas as atuações
magnânimas que ele emplacou e toda sua habilidade dentro de quadra.
O Houston Rockets
provavelmente decidirá partidas de temporada regular e de playoffs com
Westbrook, Harden, Gordon, Tucker e Capela em quadra. Três arremessadores muito
bons dos três pontos, o que é perfeito para Westbrook, que foi patético nos
arremessos de fora na última temporada. Duas super estrelas, coisa que faz a
diferença na hora de vencer. E um quinteto para se bater de frente com qualquer
outro da liga.
Durante as partidas, Harden
e Westbrook poderão 'dividir turnos', e assim veremos Russell simplesmente
destruir os times reservas das equipes adversárias, abusando de toda sua
imposição física e de seu conhecimento do jogo.
Vale lembrar que os dois
jogaram juntos e são amigos, o que pode fazer o clima fora de quadra
influenciar na performance dentro.
Outra coisa importante é
lembrar que Westbrook volta a ser o 'número 2' que era com Durant em Oklahoma.
Aquele que fez KD ser MVP 2014. Aquele que foi às finais da NBA em 2012. E
aquele que, acima de tudo, não está acima do bem e do mal, não manda na
franquia (como mandava no Thunder nos últimos anos) é apenas mais um jogador.
Um baita jogador.
Com Harden no auge,
Westbrook precisando se provar e tendo uma nova chance, e todo um elenco de
apoio que encaixa em suas características - abrem a quadra, sabem arremessar,
não querem protagonismo - os Rockets forçaram a janela a abrir mais um pouco, e
agora brigam pelo título da NBA.
(E ah, isso não quer dizer
que eles ganharam a troca. Oklahoma fez outro ótimo negócio e seu futuro
promete)
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