Educação é setor mais inovador: empresária angolana sobre perspectivas da cooperação com Rússia
Em abril, o presidente de Angola, João
Lourenço, realizou uma visita oficial a Moscou, onde ele declarou a importância
de ampliar a cooperação econômica com a Rússia. O presidente russo Vladimir
Putin declarou por sua vez, que Moscou espera promover relações bilaterais com
Luanda nas várias esferas.
No âmbito da visita de Lourenço à Rússia
foi realizado o fórum econômico russo-angolano, do qual participaram cerca de
130 empresários angolanos e mais de 400 empresários russos, que mostraram seu
interesse na cooperação com Angola e em investir na economia do país africano.
A empresária e a chefe de conselho de administração da operadora angolana
Unitel, Isabel dos Santos, deu sua opinião sobre perspectivas de cooperação
entre a Rússia e Angola.
Isabel dos Santos sublinhou que, embora Angola esteja buscando investimentos estrangeiros, o país precisa da cooperação de longo prazo com seus parceiros que deveria ser mutualmente vantajosa. "Precisamos realmente de investimentos, mas sobretudo precisamos de intercâmbio dos investimentos sustentáveis. Esses investimentos fazem sentido para os parceiros, para as empresas russas, mas também para investidores e parceiros angolanos. Acho que pode ser encontrar o equilíbrio que realmente conte pontos de interesse de ambas as partes e em cima desse interesse de negócios construir uma cooperação econômica mais forte e mais sólida entre os dois países", disse a empresária.
Hoje em dia, a maioria dos investimentos russos na economia
angolana é canalizada ao setor energético e indústria de mineração. Entretanto,
a situação econômica moderna exige cooperação nos setores mais inovadores. Para
Isabel dos Santos, no caso da Rússia, poderia se tratar de investimentos das
empresas russas no setor de educação angolano.
O Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF)
acontece entre os dias 6 e 8 de junho. O evento, realizado anualmente, se
tornou um dos maiores espaços para comunicação entre empresários e para
discussão dos principais desafios econômicos globais.
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