Shimon Peres era um "génio de grande coração"
O antigo Presidente norte-americano Bill Clinton descreveu hoje o ex-chefe de Estado israelita Shimon Peres, que morreu esta amdrugada aos 93 anos, como "um génio de grande coração".
Clinton, que supervisionou a assinatura dos acordos de Oslo entre israelitas e palestinianos, homenageou o "fervoroso defensor da paz, da reconciliação e de um futuro em que todas as crianças de Abraão construirão um amanhã melhor".
"Nunca vou esquecer o quão feliz ele estava há 23 anos quando assinou os acordos de Oslo na Casa Branca, anunciando uma era mais esperançosa para as relações israelo-palestinianas", realçou Clinton, num comunicado.
"Ele era um génio com um grande coração, que usava os seus dons para imaginar um futuro de reconciliação -- e não de conflito -- emancipação económica e social -- não de raiva e frustração -- e uma nação, uma região e um mundo impulsionado pela solidariedade e partilha -- e não dilacerado pelas ilusões de domínio permanente e de perfeitas verdades", afirmou Bill Clinton.
Shimon Peres foi distinguido, em 1994, com o prémio Nobel da Paz, a par com o então primeiro-ministro israelita, Yitzhak Rabin -- assassinado no ano seguinte -- e pelo líder palestiniano Yasser Arafat, pelo seu papel na negociação dos acordos de Oslo.
O estadista morreu hoje, aos 93 anos, por volta das 03:00 (01:00 em Lisboa), aproximadamente duas semanas depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) que o deixou hospitalizado.
Peres era o último sobrevivente da geração dos "pais fundadores" de Israel e ocupou quase todos os mais importantes cargos políticos em Israel: foi ministro de várias pastas em diversos governos, primeiro-ministro interino, primeiro-ministro e Presidente (2007-2014).
Imagem: Getty Images
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