Regime sírio aprova acordo concluído entre EUA e Rússia
O Governo de Damasco aprovou o acordo realizado entre os Estados Unidos e a Rússia para tréguas a partir de segunda-feira entre o regime e os rebeldes na Síria, divulgou hoje a agência oficial Sana citando "fontes informadas".
"O Governo sírio aprovou o acordo russo-norte-americano [...] do qual um dos objetivos é alcançar uma solução política para a crise na Síria", indicou a agência, precisando que "haverá uma cessação das hostilidades na cidade de Alepo por razões humanitárias".
O acordo é relativo a uma cessação das hostilidades entre regime e rebeldes no conjunto das frentes, entre as quais a da segunda cidade do país, Alepo.
Prevê, entre outros pontos, a "desmilitarização" da via do Castello, a norte de Alepo, que permitia o abastecimento dos rebeldes antes de o regime assumir o seu controlo a 17 de julho, sitiando-os. O acordo indica que será através daquela via que será encaminhada ajuda humanitária para a cidade.
"O Governo sírio teve conhecimento do conjunto do acordo e aprova-o", indicaram as fontes que a Sana não identifica.
Antes, a oposição síria dissera esperar que o acordo marque "o início do fim da tortura dos civis" no país, devastado por cinco anos de guerra.
Num comunicado, Bassma Kodmani, membro do Alto Comité das Negociações (ACN), que reúne os principais representantes da oposição e da rebelião sírias, congratulou-se com o acordo, mas questionou-se sobre o que acontecerá se Moscovo não fizer pressão sobre o regime de Bashar al-Assad para o forçar a respeitar as tréguas.
"Estamos na expectativa", adiantou a responsável.
O conflito na Síria, iniciado em 2011 após a repressão de manifestações pacíficas contra o regime, já causou mais de 290.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.
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