Namibe pode contar com mais de 30 empresas extractivas em 2017
O director provincial da Indústria, Geologia e Minas no Namibe, Armando Valente, disse ao OPAIS que a província pode contar com 30 empresas de extracção e polimento de mármore. Armando Valente sublinha o crescimento, em 2016, de sete para 14 empresas. Para já, investimentos diversos são necessários no sector.
O Namibe é uma das províncias menos industrializadas do país. Por isso, as autoridades locais pretendem alterar o quadro. Segundo o Director provincial da Indústria, Geologia e Minas, Armando Valente, hoje o cenário é mais animador. Em relação às rochas ornamentais, uma das potencialidades da região, Armando Valente, sublinha que um notável crescimento se regista no sector. “Até pouco há tempo tínhamos apenas uma empresa de exploração de mármore, mas agora já são cinco empresas”, destacou. Explica que eram sete as empresas no sector da extracção de granito. Agora já são mais de 14.
“Se tudo correr bem, no próximo ano teremos mais de 30 empresas extractivas em plena actividade. Havendo essas unidades de corte e polimento de granitos e mármores, evitaremos a exportação de blocos. Vamos trabalhar localmente, acrescentando valor aos nossos produtos, para que criemos emprego e riqueza na província e não só”, realçou.
O dirigente provincial explicou que em função das acções constantes do Plano de Desenvolvimento para província 2013/2017, estão a nascer algumas indústrias de maior capacidade, destacando duas fábricas vocacionadas ao corte, polimento e transformação de granitos e mármores. Nesta altura, a província do Namibe conta com 138 indústrias de médio e pequeno porte.
De iniciativa privada, está prevista a entrada em funcionamento de uma fábrica de cimento cola, que se tudo correr bem arrancará em 2017. “Como é do vosso conhecimento, o Namibe não é uma província industrializada, mas temos aqui instaladas pequenas indústrias transformadoras e do subsector extrativo”, explicou, Armando Valente. Acrescentou que as mesmas devem entrar em funcionamento ainda no ano em curso, pelo que os testes começam a ser feitos no próximo mês de Outubro.
Em relação à indústria pesqueira, cujo controlo directo é da responsabilidade do Ministério das Pescas, Armando Valente refere que há indicadores que apontam para o seu crescimento, através da produção e comercialização de quantidades consideráveis de óleo, farinha de peixe e conservas. “São novos negócios que se abrem, mas é preciso completar a cadeia produtiva. Esperamos que essa mensagem seja interpretada e aqueles que podem investir neste sector que o façam, pois são oportunidades de negócios que se abrem”, aconselhou.
Fábrica de massa de tomate aguarda por recipientes
Armando Valente revelou que a província conta igualmente com uma fábrica de massa de tomate, cuja entrada em funcionamento está a depender de acabamentos. O projecto que é de subordinação central, está instalado no vale do Rio Giraul, a 10 quilómetros da cidade capital do Namibe, Moçâmedes, e precisa de recipientes para arrancar. “Aqui foi instalada apenas a fábrica e não a unidade de empacotamento. Por outro lado, apesar da elevada produção dos camponeses, a capacidade instalada da fábrica vai obrigar a criação do seu próprio campo de cultivo de tomate para o sistema funcione de forma sustentável”, explicou.
A fábrica, cuja entrada em funcionamento continua a ser adiada vai produzir massa de tomate em latas de 800 gramas e de cinco quilos para comercialização no mercado nacional e, caso haja excedentes, exportar para os países vizinhos. “Trata-se de um projecto de subordinação central. Por isso, não tenho mais pormenores sobre outros aspectos”, justificou-se.
A energia para a industrialização, pois claro
A industrialização está sempre ligada e dependente de outros factores. A energia é um dos recursos que lhe são indispensáveis. Neste sentido, o Director da Indústria, Geologia e Minas no Namibe, Arma do Valente, disse que o fraco abastecimento de energia é um dos maiores constrangimentos do sector que dirige.
“Quando tivermos energia suficiente vamos crescer rápido no sector, pois temos um porto de águas profundas e um caminho-de- ferro que passa pelo Lubango e vai até Menongue, Cuando Cubango, e com probabilidade de ser internacional”, Salientou. Nesta altura, a província do Namibe detém 138 indústrias de médio e pequeno porte. De iniciativa privada, está prevista a entrada em funcionamento de uma fábrica de cimento cola, que se não houver contratempos, arrancará também em 2017.
Fonte: OPAÍS
Imagem: Reprodução
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