China apoia a formação profissional


O Governo da China pretende cooperar com o Executivo na formação profissional, com a construção no próximo ano, na província do Huambo, de um Centro Integrado de Formação Profissional (Cinfotec), informou em Luanda o ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.


Pitra Neto, que falava durante uma visita que o embaixador da China efectuou ao Cinfotec de Luanda disse que as acções preparatórias já começaram e que técnicos angolanos e chineses já estiveram duas vezes no Huambo para iniciar o processo. 

O embaixador da China em Angola, Cui Aimin, disse estar impressionado com o que viu e com a política do plano de formação de quadros. “O centro está bem organizado, isso demonstra a importância que o Executivo  dá à melhoria dos quadros. Isto faz-nos reforçar o compromiosso que temos com Angola de promover o desenvolvimento neste sector.” 
Cui Aimin referiu que o processo de formação de quadros ajuda o país a ultrapassar as dificuldades finaceiras que tem vivido nos últimos tempos. O diplomata referiu que o valor do investimento está ainda em fase de estudo, mas reafirmou o compromisso de cooperar com Angola em todos sectores já identificados. Revelou ainda que, no processo da formação profissional, a China também vai entrar com os seus formadores.

Evolução do CINFOTEC

O director-geral do Cinfotec, Gilberto Figueira, revelou que, desde 2008, a instituição já lançou para o mercado de trabalho 9.926 formados, dos 12 mil cidadãos inscritos. só neste ano, disse, o centro já formou 1.824 alunos. A grelha formativa comporta três tipos de cursos, os de curta duração (aperfeiçoamento), média duração (qualificação) e longa duração (técnicos). Dentre estes módulos, o centro lecciona mais de 80 cursos. A adesão de candidatos aos cursos disponíveis tem estado a crescer significativamente. A perspectiva até ao final deste ano é formar 2.400 pessoas, um número que está próximo de ser alcançado. 


O centro alberga 34 formadores internos, todos de nacionalidade angolana e 60 externos, entre nacionais e estrangeiros. Além da componente formativa, o Cinfotec presta também serviços na área de consultoria técnica solicitados por empresas nacionais e estrangeiras.
O Cinfotec  foi concebido em 2008 como centro de excelência no domínio das tecnologias aplicadas, vocacionada para a formação e qualificação técnica de profissionais para o mercado de trabalho. Esta iniciativa demonstra o objectivo do Executivo em alargar e desenvolver a sua linha de intervenção, aumentando a rede de oferta formativa no âmbito nacional, dento da estrutura de operadores do Sistema Nacional de Formação Profissional (SNFP). É o único centro de nível IV tutelado pelo MAPTSS que oferece cursos de aperfeiçoamento, qualificação e técnicos, nas áreas de metrologia, mecânica e produção, electricidade e mecatrónica, tecnologias de informação e comunicação, incluindo cursos com certificação internacional, a nível das tecnologias CISCO (Sistema de Infra-estruturas de Redes e Soluções de Internet) e Furukawa (Cabeamento e fibra óptica).


O Cinfotec está aberto para pessoas que tenham como habilitações mínimas a 12.ª classe e procuram formação profissional sólida   para o primeiro emprego. Em termos de infra-estruturas o centro tem capacidade para 901 formandos, 16 salas de aula com 50 lugares cada, duas salas para vídeo-conferência, um auditório com capacidade para 100 lugares, 22 laboratórios, sendo 15 para o ensino teórico e sete com foco em serviços tecnológicos. Dispõe ainda de um infocentro com 24 computadores com acesso à Internet, uma biblioteca com 5.000 títulos.


A formação profissional é parte do Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ), que tem como meta  promover  e melhorar  o acesso dos angolanos a um emprego produtivo e qualificado e assegurar a valorização sustentável dos recursos humanos. 
O Plano Nacional de Formação de Quadros constitui um instrumento de gestão dos recursos humanos para a economia e tem como objectivo a melhoria das competências da população activa desempregada, centradas em objectivos estratégicos da economia, assegurando o equilíbrio entre a procura e a oferta de mão-de-obra qualificada e competente para os desafios actuais e futuros.


A nível do país estão implantados 595 centros de formação em instituições privadas e 35 noutros organismos, estando a formar jovens sob orientação do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS). Depois de formados, os novos profissionais contam com o apoio  do Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (CLESE) em 56 centros de emprego. 

Parceria 

O Banco Sol tem sido o parceiro que financia o Micro Crédito Amigo, que já beneficiou mais de 4.500 empreendedores. Destes, 13 já estão a gerar outros postos de trabalho e outros 1.338 investidores na base da economia formal. O MAPTSS criou outros programas que promovem e favorecem o acesso aos jovens que prestam serviço nos mercados e mecânicos para oficinas de geradores. O CLESE ministra uma diversidade de cursos nas áreas de contabilidade, informática, electricidade, alvenaria, mecânica, corte e costura e outros.


Os centros móveis  formam pessoas que vivem em zonas de difícil acesso. Já chegou até à comuna de Catuitui, zona que faz fronteira com a Zâmbia, província do Cuando Cubango, e ao Cazombo, no Moxico. Os cursos mais procurados a nível dos centros de formação têm sido o de informática, electricidade, contabilidade, gestão de empresas e bancário, especialidades informáticas e transversal.


O Instituto Nacional do Emprego tem l.232 formadores  especializados. Este ano foi implementado o curso da agricultura. O CLESE está em dez províncias do país e tem a finalidade de mudar as comunidades por via do empreendedorismo. Ensina os jovens a ter domínio básico na gestão da sua conta e na contabilidade básica para negócios e marketing. Com o programa de formação, muitos vêem as suas vidas mudadas e tornam-se mais úteis à sociedade.A formação profissional dos desmobilizados de guerra e de outros grupos vulneráveis, a reabilitação profissional dos mutilados de guerra e de outras vítimas de guerra têm sido implementados. Os objectivos do Sistema Nacional de Formação Profissional passam pela formação profissional inicial de jovens e adultos semi-qualificados ou não qualificados.



Fonte: Jornal de Angola
Imagem: DR/OPAÍS

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