Apresentados raptores de cidadãos estrangeiros


Operação da Polícia Nacional resultou na detenção dos três indivíduos implicados no crime

A Polícia Nacional apresentou ontem à imprensa em Luanda os três indivíduos que mantinham reféns um cidadão português e outro com a dupla nacionalidade cabo-verdiana e indiana. Os três suspeitos, dois de nacionalidade nigeriana e um da República Democrática do Congo (RDC), foram detidos numa operação especial de resgate desencadeada pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) no dia 23 de Setembro. De acordo com a Polícia, os três homens, em situação ilegal em Angola e com idades entre os 32 e os 42 anos, foram os autores de outros cinco raptos de estrangeiros ocorridos em Luanda em Março passado.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) apresentou ontem à comunicação social, em Luanda, três cidadãos estrangeiros suspeitos da prática dos crimes de rapto e sequestro de dois cidadãos, igualmente estrangeiros.

Os raptores, que se encontram em Angola em situação ilegal, foram detidos no dia 23 de Setembro e estão identificados como Joaquim Miguel Costa, 38 anos, da República Democrática do Congo, John Njoku, 42 anos, e Isaac Okoro, de idade não revelada, ambos de nacionalidade nigeriana.

Segundo o director provincial de Luanda do Serviço de Investigação Criminal, superintendente Amaro Neto, as vítimas foram levadas a uma residência arrendada nos arredores de Luanda Sul, em Viana, sem que os vizinhos se apercebessem e os raptores exigiram dinheiro em troca da devolução à liberdade dos cativos. Os valores variavam entre um e três milhões de dólares.

O trabalho operativo desencadeado pelo SIC culminou com o resgate do comerciante Akbar Badat, 44 anos, casado, de nacionalidade indiana e cabo-verdiana. Este cidadão, segundo o SIC, foi raptado por volta das 18 horas do dia 19 de Setembro, no bairro Quilómetro 12, em Viana.

O cidadão português António José de Sousa da Cruz, 50 anos, administrador da empresa SIAP, foi raptado por volta das 21 horas do dia 20 deste mês, no bairro Talatona, município de Belas. Ambos estiveram quatro dias sob cativeiro.

A Polícia apreendeu, no acto da detenção dos raptores, cinco armas do tipo AKM, carregadores com munições novas, três viaturas, dez telemóveis e dez milhões de kwanzas.


O oficial superior do SIC assegurou que em nenhum momento da operação policial as vidas das vítimas foram colocadas em perigo. Os marginais, surpreendidos, não ofereceram resistência.

“Os marginais também são autores dos raptos de cinco cidadãos estrangeiros ocorridos em períodos anteriores”, informou o superintendente Amaro Neto.
O crime de rapto, em Angola, não é preocupante, mas o oficial superior manifestou preocupação pela acção de alguns cidadãos estrangeiros, tendentes a criar instabilidade no país. “São casos que mexem com a nossa sensibilidade e criam um clima de insegurança”, frisou o director de Luanda do SIC.



Fonte: Jornal de Angola
Imagem: Jornal de Angola

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