Por que estamos todos tão cansados?
Há alguns anos, Anna Katharina Schaffner foi vítima dessa estafa "epidêmica". Começou com uma certa inércia mental e física - um "senso de peso" em tudo o que fazia, como ela define. Até as tarefas mais simples drenavam sua energia, e concentrar-se no trabalho era cada vez mais difícil.
Mesmo quando tentava relaxar, ela se pegava checando e-mails obsessivamente, como se o alívio de suas tensões fosse chegar a qualquer momento pela caixa de entrada. E com o cansaço vinha um senso de desânimo emocional. "Estava desanimada, desiludida e sem esperança."
Tais sentimentos serão familiares a muitos outros, do papa Bento 16 a Mariah Carey, que já tiveram diagnósticos de exaustão.
Se acreditarmos em relatos na imprensa, trata-se de uma doença moderna; toda vez que Schaffner ligava a TV, via um debate sobre os problemas que enfrentamos na cultura da instantaneidade.
"Todos os comentaristas citavam nossa época como a mais terrível - o apocalipse absoluto para nossas reservas de energia", diz ela.
Mas será que isso é verdade? Ou nossos períodos de letargia e desmotivação são partes inevitáveis da vida, como resfriados e dores de barriga?
Crítica literária e historiadora da Medicina na Universidade de Kent, no Reino Unido, Schaffner decidiu passer essa história a limpo.
O resultado é seu novo livro Exaustion, A History (Exaustão, Uma História, em tradução livre), um estudo fascinante dos modos como médicos e filósofos entenderam os limites da mente humana, do corpo e da energia.
Fonte: BBC
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