Huawei quer que 75% dos angolanos tenham acesso à Internet em dois anos
Há mais de 15 anos em Angola, a Huawei, empresa líder no mercado nacional dos serviços de telecomunicações, pretende contribuir, com os seus parceiros, para que 75% da população tenha acesso à Internet daqui a dois ou três anos.
A Huawei, empresa líder no fornecimento de soluções e serviços de tele- comunicações no país, através da tecnologia em 3G e 4G, tem como objectivo que 75% da população tenha acesso à Internet no país, no prazo de 2 a 3 anos. Tal vai beneficiar tanto utilizadores individuais como empresas, permitindo, em particular, que os pequenos agricultores do campo possam divulgar os seus produtos e fazer negócios em qualquer parte do mundo.
A informação foi avançada na passada Sexta-feira, em Luanda, pelo vice-presidente da tecnológica chinesa Félix Shu, durante o “Fórum sobre Inovação e Transformação” “Não podemos atribuir a importância das telecomunicações apenas pelo seu impacto na vida quotidiana, pois também temos de explorar a sua importância em todas as indústrias”, esclareceu.
O responsável explicou a necessidade da realização deste Fórum em Luanda e referiu a ambição da Huawei em superar as dificuldades que existiam no mercado angolano. O principal objectivo da empresa chinesa é trazer mais tecnologia ao país e maior acessibilidade.
No evento, a Huawei juntou os seus parceiros operadores, como a Unitel, Movicel, Angola Telecom e NET One, e outros fornecedores de informação no mercado local, tendo convidado o director nacional de telecomunicação do MTTI e outros representantes do INACOM, que debateram vários tópicos, como o ecossistema digital, operações digitais, temas relacionados com vídeos, jogos e música, tendo trocado ideias com vista a acelerar o desenvolvimento da digitalização e da internet no país.
“Hoje este fórum representa o início para promover a transformação digital de Angola”, referiu Félix Shu, que sublinhou que, apesar da crise, a empresa tem conseguido superar os desafios através da colaboração dos seus parceiros. Durante a abertura, o director nacional das telecomunicações, Eduardo Sebastião, disse que o apoio e a colaboração de várias empresas de fornecedoras de conteúdos vai permitir com que Angola possa atingir um futuro melhor no plano das TICs “Com apoio e colaboração dos diferentes parceiros, fornecedores de serviços e de conteúdos, o desenvolvimento de serviços digitais em Angola vai ter um futuro melhor.
Os indicadores TIC mostram um universo de 14 milhões de utilizadores”, sendo que, do total, 52 % correspondem à taxa de usuários de tele-móveis, o que coloca muitos desafios às empresas do sector e abre novas oportunidades de investimento.
Referiu também que as TIC têm desempenhado um papel preponderante na melhoria do ambiente de trabalho das empresas, no desenvolvimento de negócios, no aumento da produtividade e que podem contribuir de uma forma bastante eficaz para melhorar a eficiência em sectores como a Saúde e a Educação.
A Huawei, é um dos principais provedores mundiais de produtos e soluções em tecnologias de informação e comunicação, pelo que, segundo os seus responsáveis, deverá contribuir para trazer estes benefícios para Angola.
Tecnologia impulsiona negócios locais
Por seu turno, o chefe de departamento de inovação da Unitel, Joel Bartolomeu, realçou a importância da realização do fórum, considerando que “tem que existir uma transformação digital, o que vai trazer mais negócios locais”.
Joel Bartolomeu acredita que as novas tendências tecnológicas vão trazer não só vantagens económicas, mas também sociais, ou seja, se os cidadãos tiverem um acesso digital alargado vão conseguir ter ‘empoderamento económico’. Deu como exemplo o caso do agricultor que, se tiver a noção do mundo digital, pode entrar em contacto com alguém que queira comprar o seu tomate, ou café em qualquer parte do mundo, algo que há alguns anos não era possível.
Realçou que a Huawei é um parceiro chave da Unitel por fornecer tecnologia, equipamentos, instalação de redes, assim como serviços básicos, quer de voz quer de internet. “O objectivo a médio e longo prazo é estarmos alimentados com conteúdo digital”, concluiu. Presente em Angola desde 1998, a Huawei tem mais de 200 trabalhadores, dos quais 50% representam mão-de-obra nacional, tendo registado, em 2015, resultados líquidos superiores a USD 60 biliões, o que lhe garantiu o 128ª lugar da Global Fortune 500 este ano.
Fonte: OPAÍS
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