7 mulheres incríveis que lutaram na Segunda Guerra Mundial
Quando pensamos em guerra, geralmente a ideia está associada a homens no campo de batalha. São soldados, comandantes e líderes nas trincheiras ou salas executivas realizando ações e tomando decisões que definem o rumo do conflito. As mulheres, no entanto, também tiveram participação ativa e de extremo destaque durante um dos maiores confrontos da humanidade.
Relatos históricos provam que heroínas também fizeram a diferença na guerra, com atos de nobreza, eficiência e condecorações em seus países. Dentre elas, estão espiãs, enfermeiras, atiradoras e pilotos que ajudaram a colocar um fim na supremacia nazista de Hitler.
Conheça a história de algumas das melhores personagens que honraram o sexo feminino e seus exércitos durante as batalhas da Segunda Guerra Mundial.
1 – Virginia Hall
Virgina Hall foi uma americana que se tornou a primeira agente feminina enviada para a França pela Executiva de Operações Especiais (Special Operations Executive, SOE). Lá, ela trabalhou como espiã por três anos, até que precisou fugir a pé para a Espanha, após uma invasão nazista. A tarefa já seria difícil para uma pessoa comum, mas para Hall foi ainda mais desafiadora, já que a mulher não tinha uma das pernas e utilizava uma prótese.
Na Espanha, ela foi detida por não ter documentos, mas depois de solta passou a trabalhar com a Agência de Serviços Estratégicos (Office of Strategic Services, OSS). Alistada, pediu para ser enviada para a França, onde operava rádios e reportava posições das tropas alemãs. Para não ser capturada, Hall se disfarçava como uma senhora, andando livremente pelas ruas.
2 – Jacqueline Cochran
Para demonstrar superioridade sobre rivais na indústria de beleza, Jacqueline Cochran decidiu obter uma licença de piloto de avião e utilizar isso como marketing. Em apenas três semanas ela conseguiu a licença e acabou deixando os negócios de lado, ganhando medalhas em corridas e quebrando recordes. Ao saber da aproximação de uma guerra, propôs uma divisão feminina de voo para a Aeronáutica, mas não foi ouvida.
Mais tarde, Cochran tomou conhecimento de um programa militar similar e voltou a propor sua ideia. Além de comandá-lo, ela treinaria pilotos até o fim da guerra.
Mesmo depois do fim do conflito, Cochran continuou a quebrar recordes. Ela se tornou a primeira mulher a quebrar a barreira do som e a entrar no Hall da Fama da Aviação, em Ohio. Ela ainda é a pessoa a ter mais recordes internacionais de velocidade, distância e altitude na aviação, superando todos homens e mulheres.
3 – Ruby Bradley
Ruby Bradley era uma enfermeira que servia com os militares quando foi capturada após a ataque a Pearl Harbor. Prisioneira de guerra, ela se dedicava a ajudar os colegas com cuidados médicos e lhes oferecendo sua própria comida.
Bradley ficou detida por 37 meses e, nesse período, realizou mais de 230 cirurgias e partos no campo de concentração, sem condições adequadas. Ela ainda contrabandeava suprimentos médicos e comidas para os prisioneiros. Quando ela foi libertada, em 1945, pesava apenas 36 kg.
Mesmo que tenha vivido uma experiência traumática como prisioneira, não se absteve dos serviços futuros. Cinco anos mais tarde, Bradley servia nas linhas de frente da Guerra da Coreia.
4 – Nancy Wake
Aliada à Resistência Francesa, Nancy Wake chegou a ser a mulher mais procurada pelo exército alemão. Ela passou anos transportando pessoas, documentos falsificados e refugiados da França durante a guerra, até que foi capturada. Mesmo sob forte pressão em interrogatórios, nunca revelou nenhum segredo e ainda conseguiu escapar, em 1943.
Wake fugiu para a Grã-Bretanha, onde se uniu alistou na Executiva de Operações Especiais (Special Operations Executive, SOE). Ela foi treinada por oficiais e voltou para a França, como uma espiã britânica. Lá, liderou um exército de 7 mil rebeldes contra o 22 mil alemães.
5 – Susan Travers
Quando tropas alemãs cercaram um forte na Líbia, a britânica Susan Travers se recusou a seguir as ordens dos inimigos para sair com as mulheres. Ela se manteve firme com outros soldados por 15 dias, mesmo que os alemães não parassem de atirar contra eles. Com o fim dos suprimentos, Travers e seu parceiro – um general francês – perceberam que não receberiam ajuda e teriam que tomar alguma providência.
A mulher tomou a direção de um caminhão e liderou uma comitiva de fuga no meio do deserto. Seu veículo chegou a ser baleado 11 vezes, mas ela conseguiu chegar até a fronteira. Juntamente com Travers, outros 2.500 soldados conseguiram escapar do cerco.
6 – Hedy Lamarr
Hedy Lammar foi uma atriz da Era de Ouro – nas décadas de 30 e 40 – que ficou conhecida por protagonizar uma das primeiras cenas de sexo do cinema. Apesar disso, sua maior contribuição veio com a invenção de um sistema de comunicações para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. A tecnologia serviu de base para o desenvolvimento da atual telefonia celular.
7 – Lyudmila Pavlichenko
Lyudmila Pavlichenko era uma sniper tão mortal que os alemães utilizaram um megafone no meio do campo de batalha oferecendo uma vaga em seu exército para a adversária soviética. Aos 14 anos, Pavlichenko trabalhava nma fábrica de munições e aprendeu a atirar. Quando a guerra começou, quis defender seu país. Mesmo que ela tivesse demonstrando talento como atiradora, foi rejeitada inicialmente, mas aceita após muita insistência e a realização de um teste.
Durante a guerra, Pavlichenko teve 309 mortes confirmadas, incluindo 36 snipers do exército alemão. Ela só foi tirada do campo de batalha depois de ser atingida por estilhaços de munição de um morteiro na face. Mesmo afastada do perigo, a militar continuou sendo utilizada para treinar outros atiradores.
Apesar dos filmes e histórias geralmente focarem nas histórias dos guerreiros de sexo masculino, deu pra ver que as mulheres realmente tem seu papel. Não só marcaram presença, como entraram para a história.
FONTE(S) All That is Interestin
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